Qual o grande dilema da educação no Brasil para termos que nos perguntar:

  1. Porque as escolas não conseguem formar cidadãos conscientes e autônomos?
  2. Porque a maioria dos estudantes se autoavaliam como menos empáticos – não se preocupam com as emoções e sentimentos do outro?
  3. Porque a maioria dos estudantes acham suas escolas violentas e relatam que foram vítimas de abuso?
  4. Qual o papel da baixa autoestima como causa de dificuldades de aprendizagem dos alunos?
  5. Porque 10% dos professores da rede de ensino dos estados são afastados todos os anos por transtornos psicológicos?
  6. Porque jovens em todo o mundo estão aderindo a movimentos revolucionários violentos, como o Estado Islâmico (ISIS) ou Al-Qaeda?
  7. Porque a depressão já é a principal causa de afastamento do trabalho?
  8. Porque 1/3 dos jovens brasileiros já apresentam sintomas de depressão?

dilema da educaçãoUm ponto em comum citado por quase todos, senão todos, os especialistas das diferentes áreas dedicados a solucionar nossos dilemas nacionais, é que a dificuldade para fazer a sociedade brasileira evoluir, principalmente nas esferas econômica e social, está na deficitária “educação” oferecida à população brasileira. Mas quais são mesmo as deficiências dessa educação? Onde o Brasil perdeu o rumo e deixou sua educação deteriorar-se, apesar dos alertas de grandes educadores como Paulo Freire, Anísio Teixeira e outros? Por que nossas crianças e jovens abandonam a escola, pública ou privada, ou saem dela como analfabetos funcionais, ou, na melhor, das hipóteses, como um expert em ser aprovado em vestibulares e concursos públicos?

Quando falamos de abandono, não estamos apenas nos referindo ao abandono no ensino fundamental; o índice de abandono nas faculdades privadas já no primeiro semestre é assustador. Por outro lado, boa parte das faculdades tem diplomado profissionais sem as competências necessárias ao bom desempenho no mundo organizacional, obrigando as empresas a investir maciçamente na formação de lideranças e no aperfeiçoamento técnico de seus colaboradores.

Porque temos esse dilema da educação em nosso país? Quais seriam as competências que assegurariam a uma pessoa, após um processo educacional de anos, sua transformação num cidadão consciente, pensante e capaz de tomar decisões autônomas em qualquer área de sua vida? Quais mudanças deveriam ocorrer no sistema educacional para termos um modelo capaz de formar cidadãos com boa autoestima, pensadores conscientes e capazes de buscar as soluções por si mesmo? Que competências estão sendo negligenciadas na formação desses cidadãos pensantes? Que tipo de modelo pedagógico devemos propor para o ensino de competências, especialmente as mais sutis, que são alicerce de todo o pensamento cognitivo? Que instituições, além das escolas, têm um papel fundamental na formação desse cidadão e devem assumir definitivamente suas funções educacionais?

Acreditamos que a formação de cidadãos pensantes e competentes em dirigir suas próprias vidas fará com que qualquer atividade por eles assumida seja sempre cumprida com extrema eficácia.

Vamos continuar explorando as questões iniciais deste texto nos próximos artigos, trazendo aspectos mais sutis da educação como fatores fundamentais na solução dos problemas que atormentam pais e professores nos dias de hoje. O dilema da educação precisa de soluções.

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