Há opiniões favoráveis e contrárias à liberação da droga e esse é um assunto que merece ser discutido, diz Paulo Lotufo.
A questão da liberação da maconha continua dividindo opiniões. Enquanto há grupos favoráveis à liberação, outros se mostram contrários a ela. O médico João Paulo Lotufo admite os efeitos benéficos do canabidiol, mas observa, por outro lado, que o consumo da maconha traz graves problemas à saúde. “Então, quem é a favor do uso do canabidiol precisa separar o canabidiol da maconha liberada, porque senão a gente não chega a um acordo.” O próprio governo polarizou a questão e proibiu a plantação da maconha pelos laboratórios que produzem o canabidiol no Brasil – a substância tem de ser importada.
Já se comprovou, além do mais, que o uso da maconha está, cada vez mais, associado a casos de surto psicótico. Em Portugal, os surtos associados àquela droga cresceram em 30 vezes. “A hospitalização associada ao uso da Cannabis lá passou de 20 para 588 casos em 2015″, revela Lotufo. Outros países da Europa registraram o mesmo problema, o que é ainda mais grave quando se sabe que o custo de cada internação é de 3.500 euros (quase R$ 16.000).
Então, tudo se resume a discutir a questão. Vale a pena liberar o canabidiol – hoje não produzido aqui – no Brasil ? Se for o caso, é necessário que se façam campanhas de prevenção para orientar a população sobre os riscos do uso da maconha.
Acompanhe, pelo link, a íntegra da coluna.
https://jornal.usp.br/radio-usp/liberacao-da-maconha-e-mais-um-tema-polarizado-no-brasil/
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