O momento de contemplação de uma obra de arte em um museu pode ser transformador.
Muitas vezes estamos ali e não entendemos exatamente o que aquela obra quer nos dizer; aparentemente aquilo não tem significado algum.
Sem perceber, neste momento, estamos exercitando nosso cérebro, fazendo com que ele trabalhe de uma maneira totalmente diferente do dia-a-dia. Por que?
Porque a arte não é o dia-a-dia. A arte é a exceção. Nascemos em um ambiente já estabelecido e aprendemos como tudo funciona, para onde olhamos tudo está tal qual nos fora ensinado e nossa mente acaba acreditando que aquele é o único caminho, ou pelo menos, a forma correta de se fazer as coisas, essa é a cultura que nos cerca, essa é a regra.
“Cultura é regra e arte é exceção”
É essa exceção que nos provoca algo que, de uma forma ou de outra, mexe conosco. Saindo do museu a sensação, muitas vezes, é de incompreensão, perplexidade, nunca saímos como entramos. Essa é a função da arte. Essa arte também está no dia-a-dia, alguns artistas a percebem em qualquer situação com facilidade.
É em uma situação não cotidiana mas infelizmente comum em nossa historia, que o genial Jean-Luc Godard nos explica essa diferença, utilizando apenas uma foto. Filme genial com apenas 2 minutos que vale a pena ser assistido e guardado com carinho, assim como diversos outros trabalhos deste mestre da Nouvelle Vague francesa.
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