Danah Zohar e Ian Marshall, no livro QS: Inteligência espiritual, falam sobre a espiritualidade natural das crianças, que nós, adultos, poderíamos usar para a nossa própria evolução. Descrevem que as “crianças demonstram alto grau de inteligência espiritual, pois estão sempre perguntando: Por quê?”

Não é difícil perceber, portanto, que o desenvolvimento intelectual desvinculado da evolução emocional e espiritual pode levar as pessoas a um vazio existencial pela falta de sintonia com o todo maior. Solidão, depressão e sensação de abandono acabam predominando nas emoções dessas pessoas que, plenas de racionalidade, desvinculam-se da própria natureza humana. Assim, precisamos iniciar o desenvolvimento equilibrado das competências humanas o mais cedo possível, criando ambientes e situações que permitam acesso a todo o potencial sensitivo e intelectual do ser humano. Como domar esse dragão de emoções que existe em nós e que pode nos dar o poder de mudar o mundo tanto para o bem quanto para o mal? Qual o papel das escolas na manutenção e ampliação da inteligência espiritual nas salas de aula? Qual o papel dos pais?

O psicólogo Paul Bloom, da Universidade de Yale (EUA), mostra que bebês e crianças muito pequenas já tentam ajudar as crianças que sofrem, oferecendo comida ou um brinquedo quando elas choram. Mesmo quando veem adultos em dificuldades, as crianças tentam ajudar. Dr. Paul Bloom, em trabalho recente, mostrou num teatro de marionetes uma criança que jogava uma bola para outras duas. A primeira devolvia a bola sempre que ela lhe era endereçada. A segunda pegava a bola e saía correndo. Em determinado momento do teatro de marionetes, uma criança da plateia deu um peteleco na que fugia com a bola. As crianças empatizam com os personagens bons de desenhos animados e rejeitam os maus, numa fase precoce de entendimento racional sobre o bem e o mal. Assim, há evidências de um enorme potencial de habilidades amorosas e altruístas nos bebês que precisam ser transformadas em competências emocional e espiritual no dia a dia.

No vídeo, Paul Bloom fala sobre a empatia natural que as crianças têm, mesmo quando muito pequenas. Parece que a inteligência espiritual está presente já ao nascimento.

Observação: legenda em português no canto inferior direito.

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