Intolerância: Não sei o porquê, mas não gosto de você!

IntolerânciaAs guerras mundiais produziram o início da busca por segurança, certezas, estabilidade, controle e exclusão do inimigo. Com isso, trouxeram intolerância, preconceitos, medo, xenofobia e tantos outros males da modernidade.

Duas guerras mundiais ocorreram no século XX, com comportamentos de crueldade inexplicáveis por parte de generais, cientistas, intelectuais, num momento da história da humanidade em que crescia como nunca o conhecimento e o acesso a ele. Parece ter havido uma “lavagem cerebral” realizada talvez pela educação nas escolas modernas e na evolução e disseminação do conhecimento pelos meios de comunicação, controlados, em sua maioria, por elites dominantes.

A primeira guerra mundial criou o caldo de cultura para a segunda que, por sua vez, levou à guerra fria que estabeleceu a cultura do medo e da insegurança em relação ao outro, sempre como um diferente de mim, sempre um possível inimigo que quer me exterminar. Eu versus qualquer outro.

Governantes que, se de um lado insuflaram essa cultura de exclusão do outro, prometiam um mundo de segurança, ausência de riscos, de sofrimentos, de controle e fartura material. E para isso usaram o desenvolvimento da ciência como uma arma para atingir esses objetivos através de tecnologias bélicas e de possibilidades ilimitadas na área da saúde, insinuando a possibilidade de uma “perfeição estética” e da imortalidade. Congele seu corpo após a morte para que ele retorne quando houver a vida eterna.

Mas a história registra que os grandes líderes, responsáveis por transformações importantes e positivas para a humanidade, nunca usaram a violência como lema, sofrearam muito e, em sua maioria, foram assassinados pelos zumbis da modernidade. Cristo, Buda, Gandhi, Mandela, Martin Luther King Jr., John Lennon, entre outros, são exemplos claros de que a solução dos importantes problemas que os seres humanos enfrentam, não passa pela guerra com armas, sejam elas um arco e flecha ou dispositivos de alta tecnologia, e sim pela busca do diálogo e da inclusão sem restrições do outro como parte de um só corpo: a humanidade.

A intolerância deve ser abolida de nossas relações. O outro como parte do meu viver é um fato que deve ser apresentado às crianças desde a mais tenra idade. A educação que pretendemos adequada deve enfatizar sempre a importância do outro como parte integrante do meu ser.

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