intuição

A forma como a intuição é vista e utilizada tem evoluído, mas para muitos é ainda percebida com ceticismo e até de uma forma preconceituosa. O interessante é que normalmente as pessoas têm dificuldade em aceitar ideias intuitivas exatamente porque elas não só não fazem parte do senso comum, como surpreendem nosso ato de pensar, desafiando o processo comparativo na memória. Por não apresentar antecedentes, muitas vezes uma ideia intuitiva que nos ocorre no meio do sono, se não for anotada, dificilmente será lembrada no dia seguinte. É algo novo que precisa ser aceito pela nossa racionalidade, mesmo com a falta de referências. Aceitar a intuição como algo real é uma competência referida pela maioria dos líderes de sucesso de todos os tempos.

Podemos afirmar sem medo de errar que quanto mais cartesiana é uma pessoa, mais difícil é para ela aceitar e valorizar a importância desse fenômeno na sua vida. A explicação para isso é muito simples e também é apresentada por Osho em seu livro Intuição: o saber além da lógica:

A intuição é, num certo sentido, como o instinto; em outro sentido, absolutamente diferente do instinto; em certo sentido como o intelecto, em outros sentidos absolutamente contra o intelecto. Então você terá de entender, porque é a coisa mais sutil que existe em você.

A intuição é como o instinto, porque você não pode fazer nada quanto a ela. Ela faz parte da sua consciência, assim como o instinto faz parte do seu corpo. Você não pode fazer nada quanto ao seu instinto e não pode fazer nada quanto à sua intuição. Mas assim como você pode permitir que os seus instintos sejam satisfeitos, pode permitir e dar total liberdade para que a sua intuição seja satisfeita. E você ficará surpreso com os tipos de poderes que carrega dentro de si.

A intuição pode lhe dar respostas para as questões supremas – não verbalmente, mas existencialmente.

Felizmente para nós, brilhantes executivos, tanto públicos quanto privados, têm manifestado publicamente a importância da intuição no seu processo de tomada de decisão. Alguns chegam a até afirmar que a grande maioria de suas decisões são pautadas absolutamente na intuição.

Para aqueles ainda céticos, lembraremos da história de duas personalidades, referências no mundo científico, que foram Einstein e o Prêmio Nobel de Economia, John Nash. Como é do conhecimento público, Einstein intuiu toda a Teoria da Relatividade quando jovem e depois dedicou anos da sua vida para provar aquilo que foi trazido por sua intuição. Imaginem o que teria acontecido se Einstein não tivesse valorizado a sua intuição.

A vida de John Nash, muito bem retratada no filme Mente brilhante, apresenta uma cena, numa mesa de bar, que mostra o momento em que o economista, intuiu uma nova teoria que veio a reformular a teoria de Adam Smith e que lhe valeu o prêmio Nobel de Economia na década de 90. O filme apresenta também, em cenas belíssimas, os momentos de dedicação, e muita transpiração, necessários para o economista provar o que foi intuído em uma fração de segundo.

Restam ainda duas questões a serem exploradas:

É a intuição um dom de poucos privilegiados? Ela pode ser desenvolvida?

Felizmente a resposta para estas questões, trazida por muitos autores, é de que a intuição está à disposição de todos, pode ser desenvolvida e aprimorada e que só depende de nós.

Deixe um comentário