Cristo, Buda, Lao Tsé, Confúcio, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá, Krishnamurti, Nelson Mandela, Papa João Paulo II, Papa Francisco, Dalai Lama, Chico Xavier, Alan Kardec, Rudolf Steiner, Charles Chaplin, Pietro Ubaldi, Albert Einstein: o que faz dessas pessoas seres humanos especiais? Por que elas transcenderam, ou vão transcender, o seu tempo, as religiões, as culturas? Que carisma é esse que faz multidões pararem para ouvi-las, em qualquer língua? Que competências as tornam lideranças suaves, serenas, firmes, seguras, eficazes para fazer diferença no mundo? Se refletirmos sem preconceitos, veremos que essa diferença está na maturidade espiritual dessas pessoas. E é essa maturidade espiritual que embasa todas as demais competências, pois dá uma direção clara aos seus caminhos.

Passamos por um período de séculos onde não só desequilibramos a necessária harmonia entre as competências intelectuais, relacionais, emocionais e espirituais em favor das primeiras, mas colocamos as demais em níveis secundários, quando não negamos algumas delas. . Nas últimas décadas, após o fracasso das tentativas de melhorar a performance profissional e o bem-estar das pessoas com ampliação das competências cognitivas, com o aumento do conhecimento técnico e as tentativas de desenvolver competências relacionais estimulando o trabalho em equipe, surgiu o aprofundamento do conhecimento do funcionamento da mente humana.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão das Nações Unidas (ONU) responsável pela ampliação e manutenção da saúde humana em nosso planeta, resolveu elaborar um questionário para avaliação da qualidade de vida das pessoas (WHOQOL – 100). Esse instrumento é composto de 100 perguntas sobre as diferentes áreas da saúde humana e, nesse formato, contemplava a espiritualidade com apenas quatro questões. No decorrer das aplicações desse questionário os pesquisadores sentiram a necessidade de ampliação desse tema no contexto da saúde humana e um novo instrumento foi criado (WHOQOL – SRPB), agora com 32 novas perguntas a serem acrescidas ao WHOQOL – 100. O interessante é entendermos o que a OMS chama de espiritualidade:

Introdução ao questionário da ONU sobre Qualidade de Vida e Espiritualidade (WHOQOL-SRPR instrument – Quality of life, spirituality, religion and personal beliefs)

As questões seguintes são sobre sua espiritualidade, religião ou crenças pessoais e como estas crenças afetam sua qualidade de vida. Estas questões são elaboradas para ser aplicáveis para pessoas de culturas diferentes e que possuem as mais variadas crenças espirituais, religiosas ou pessoais. Se você segue uma religião particular, como Judaísmo, Cristianismo, Islã ou Budismo, você provavelmente responderá as questões seguintes com suas convicções religiosas em mente. Se você não segue uma religião particular, mas ainda acredita que algo superior e mais poderoso existente além do mundo físico e material, você pode responder às questões seguindo essa crença. Por exemplo, você pode acreditar em uma força espiritual mais alta ou o poder curativo da Natureza. Você pode não ter nenhuma convicção em uma entidade superior espiritual, mas você pode ter crenças pessoais fortes, como acreditar em uma teoria científica, um estilo de vida pessoal, uma filosofia particular ou um código moral e ético.

Fica claro, pois, que a verdadeira Sabedoria humana passa pela compreensão da Espiritualidade como a essência da vida na Terra (Maturidade Espiritual), independentemente de quais as crenças que uma pessoa tenha aprendido durante sua educação formal.

Por outro lado, pesquisadores de todas as áreas do conhecimento tentam detectar os aspectos positivos mais sutis do caráter humano, que elevam as pessoas a patamares superiores de consciência. Rafael Bisquerra, educador espanhol, elencou vinte e quatro fortalezas humanas distribuídas em seis virtudes (gráfico). Analisaremos cada uma delas nos próximos posts.

Maturidade Espiritual

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